Resenha da Aula #com104: 28/09 - grupo 07
- Possibilidade de criação de um marco zero regulatório na Internet;
- Um projeto de lei sobre proteção de dados que garanta privacidade e certo anonimato na rede. Atualmente estamos expostos à captação de informações pessoais e disponibilização destas sem que nós saibamos;
- Segurança no sistema, garantindo que seus dados não sejam roubados.
Após isso, houve uma discussão sobre "Neutralidade na Rede". André Lemos apresentou o tema e explicou algumas coisas. Segundo ele, todo site é neutro, a base da informação tem de ser neutra. É preciso que, ao você pagar um provedor de banda larga, tenha o direito de navegar por qualquer página com a mesma velocidade e sem interferência dos navegadores nisso, "carregando" serviços de forma igualitária.
No último momento da aula houve apresentação do texto de Vilém Flusser, "A Não-coisa 1", pelo grupo 5. Os membros da equipe destacaram os seguintes aspectos do texto:
- A diferenciação entre as Coisas e as Não-coisas (informações);
- A tendência recente à desmaterialização, em que as Coisas palpáveis estão dando lugar as imateriais;
- A crescente preocupação em consumir informação e em pensar experiências em vez de consumir Coisas, ou produzí-las;
- A formação de um "novo homem", o Homo Performer, das sensações, e das vivências.
Após esses destaques, a discussão estendeu-se. O aluno Alexandre Wanderley discordou do argumento apresentado no texto pelo autor. Para ele, a maioria das pessoas no mundo continua produzindo Coisas. A partir daí, o professor André Lemos fez alguns comentários e trouxe alguns destaques. Segundo ele:
- As Não-coisas estão sempre enraizadas as Coisas. Ao lermos um texto no jornal, nossa relação com aquele texto é diferente de o lermos, por exemplo, em uma tela de computador. Nossa relação com a mensagem (informação), será diferente. A maneira como processamos a informação é muito importante;
- Há uma tendência mundial para a chamada economia da informação, em que todas as Coisas são transformadas em bits. Contudo, precisamos materializar novamente a informação para ter acesso a ela;
- Vivemos na sociedade do simulacro, da espetacularização de existência. A mídia, para isso, assume papel fundamental. "Só despertamos nosso interesse naquilo que cause sensações";
- Os produtores de Coisas estão diminuindo e há uma tendência para os chamados trabalhadores informacionais, o que não significa que deixaremos de produzí-las;
- O funcionamento das Não-coisas é diferente do funcionamento das Coisas. Na rede, as Não-coisas não se perdem ao serem consumidas (a menos que sejam totalmente deletadas em todos os locais que estejam disponíveis)
- Vivemos atrelados a sistemas complexos (agentes não humanos) e o embricamento com as Não-coisas caracterizam a espécie humana.
0 Comments:
Post a Comment
Subscribe to Post Comments [Atom]
<< Home