Saturday, October 2, 2010

Resenha da Aula #com104: 28/09 - grupo 07

No primeiro momento da aula, iniciou-se uma discussão, levantada pelo aluno Lucas Albuquerque, sobre uma nova ferramenta do MSN. Segundo ele, foi criada uma espécie de rede, comparável ao Orkut, em que os usuários são inscrito sem autorizarem. Outro aspecto negativo dessa nova ferramenta é que as pessoas de fora da sua "rede de contatos" podem ter acesso ao seu endereço de e-mail e o adicionarem, se assim desejarem. Após a conversa sobre esse tema, que envolveu toda a sala, André Lemos divulgou dois eventos próximos, que ocorrerão em Salvador. Primeiramente o "Lugares de Sociabilidade", que acontecerá no auditório da Facom, entre os dias 13 a 15 de outubro, e posteriormente, o "Arte.Mov", que está disponível no MAM até o dia 2 deste mês. Para maiores informações é só consultar: http://andrelemos.info/

Em um segundo momento da aula, o professor propôs uma discussão sobre a postagem no blog do grupo de Cibervigilância, entitulado "Segurança e direito na rede: o xis da questão". André destacou três aspectos presentes no texto:

  1. Possibilidade de criação de um marco zero regulatório na Internet;


  2. Um projeto de lei sobre proteção de dados que garanta privacidade e certo anonimato na rede. Atualmente estamos expostos à captação de informações pessoais e disponibilização destas sem que nós saibamos;


  3. Segurança no sistema, garantindo que seus dados não sejam roubados.

Após isso, houve uma discussão sobre "Neutralidade na Rede". André Lemos apresentou o tema e explicou algumas coisas. Segundo ele, todo site é neutro, a base da informação tem de ser neutra. É preciso que, ao você pagar um provedor de banda larga, tenha o direito de navegar por qualquer página com a mesma velocidade e sem interferência dos navegadores nisso, "carregando" serviços de forma igualitária.

No último momento da aula houve apresentação do texto de Vilém Flusser, "A Não-coisa 1", pelo grupo 5. Os membros da equipe destacaram os seguintes aspectos do texto:


  1. A diferenciação entre as Coisas e as Não-coisas (informações);


  2. A tendência recente à desmaterialização, em que as Coisas palpáveis estão dando lugar as imateriais;


  3. A crescente preocupação em consumir informação e em pensar experiências em vez de consumir Coisas, ou produzí-las;


  4. A formação de um "novo homem", o Homo Performer, das sensações, e das vivências.

Após esses destaques, a discussão estendeu-se. O aluno Alexandre Wanderley discordou do argumento apresentado no texto pelo autor. Para ele, a maioria das pessoas no mundo continua produzindo Coisas. A partir daí, o professor André Lemos fez alguns comentários e trouxe alguns destaques. Segundo ele:


  1. As Não-coisas estão sempre enraizadas as Coisas. Ao lermos um texto no jornal, nossa relação com aquele texto é diferente de o lermos, por exemplo, em uma tela de computador. Nossa relação com a mensagem (informação), será diferente. A maneira como processamos a informação é muito importante;


  2. Há uma tendência mundial para a chamada economia da informação, em que todas as Coisas são transformadas em bits. Contudo, precisamos materializar novamente a informação para ter acesso a ela;


  3. Vivemos na sociedade do simulacro, da espetacularização de existência. A mídia, para isso, assume papel fundamental. "Só despertamos nosso interesse naquilo que cause sensações";


  4. Os produtores de Coisas estão diminuindo e há uma tendência para os chamados trabalhadores informacionais, o que não significa que deixaremos de produzí-las;


  5. O funcionamento das Não-coisas é diferente do funcionamento das Coisas. Na rede, as Não-coisas não se perdem ao serem consumidas (a menos que sejam totalmente deletadas em todos os locais que estejam disponíveis)


  6. Vivemos atrelados a sistemas complexos (agentes não humanos) e o embricamento com as Não-coisas caracterizam a espécie humana.

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