Monday, December 7, 2009

JORNALISMO NA ERA DAS NOVAS MÍDIAS

O jornalismo tem passado por muitas transformações nos dias de hoje. O modo de produzir, editar e difundir/exibir a notícia mudou a partir da introdução de novas tecnologias no cotidiano do jornalista. São exemplos delas a câmera digital portátil, o celular e o netbook. Estes novos meios, aliados à conexão com a internet, possibilitam que o repórter produza, edite e transmita uma matéria em mobilidade. A notícia ficou mais rápida e acessível, e o jornalista hoje deve ser um profissional multitarefa, sabendo operar os diversos dispositivos comunicacionais. Muitos não sentem necessidade sequer de trabalhar numa redação “física” e fechada, produzindo a notícia de onde ela ocorre e quando ela ocorre, fazendo uso, inclusive, de algumas mídias sociais na web para informar seus leitores. As vantagens deste novo paradigma são a mobilidade, a rapidez e a facilidade, por exemplo, na edição da notícia. Mas ele também acarreta numa desvantagem perigosa: o jornalista multitarefa muitas vezes tem a necessidade de realizar mais de um trabalho ao mesmo tempo, como filmar uma cena com o celular e escrever a matéria no netbook, o que provavelmente acarreta numa perda de qualidade da matéria de da sensibilidade jornalística. A respeito disso, Fernando Firmino da Silva escreve:

As conexões sem fio e os dispositivos móveis disponíveis atualmente atendem de forma plena a essa estrutura de produção jornalística móvel. Denomino essa estrutura de ambiente móvel de produção, por se caracterizar pela interface entre o espaço urbano e o espaço virtual a partir da conexão permanente (online) com o ciberespaço. Essas condições favorecem a exploração de bancos de dados visando a apuração, a construção de reportagem e a edição de material jornalístico em mobilidade. [...]

Outras questões relativas a esse processo que se desenvolve na combinação jornalismo, tecnologias móveis e mobilidade é o impacto sobre as rotinas produtivas dos jornalistas. Há uma nítida convergência de funções. A pauta, a foto, a pesquisa, a edição e publicação da notícia pode se concentrar num único profissional: o repórter móvel, que agora absorve uma série de atividades que antes (ou ainda) se distribuía entre pauteiros, fotógrafos, editores. Outro aspecto é que o dead line desaparece. A noção do tempo para o fechamento da matéria é o tempo real. Alterações nas rotinas produtivas, convergências de funções jornalísticas, adoção do tempo real como dead line são questões que devem ser mais bem estudadas nesse novo âmbito, pois se referem à qualidade da notícia produzida (se melhora ou piora), à qualidade de vida do profissional (se o nível de estresse aumenta ou diminui) e, principalmente, ao perfil de um novo profissional de jornalismo que lida com alta tecnologia móvel digital, novos processos de produção e uma forma diferente de percepção do espaço e do tempo.

Este projeto, em vídeo, pretende abordar esse tema, trazendo informações a respeito do jornalismo móvel e as novas mídias, com entrevistas feitas a jornalistas, estudiosos e usuários das novas tecnologias de comunicação. O vídeo aborda o modo como os dispositivos atuais mudaram a maneira de fazer jornalismo de se comunicar com outras pessoas, além da questão crucial da web 2.0, onde qualquer um pode ser produtor e difusor de informação, com baixo custo e conexão com a internet.

Para ilustrar esta situação, fizemos um vídeo para o trabalho final da matéria.

Grupo 10.

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