Resenha da aula - 23/04
A aula teve início, como de costume, com uma discussão sobre as últimas notícias relacionadas ao universo tecnológico.
A “aparição” do Twitter no fantástico deu início ao debate. André Lemos comentou que a reportagem (exibida no dia 19/04) não contribuiu muito para o aumento de usuários brasileiros do site. Ao contrário do fenômeno Oprah Winfrey, que vem impulsionando o número de americanos na rede. Em seguida, aproveitando a deixa, ele falou da repulsa de certos grupos que se julgam “intelectuais e “esclarecidos” quando há a “invasão” da “massa” em certos espaços em que predominavam seres dessa classe.
Ainda sobre o Twitter, mas tomando um rumo diferente, a discussão partiu para os milhares de perfis fakes existentes. Foram feitos questionamentos, de Lemos e da turma, de como são feitos os fakes e, em seguida, o professor expressou sua curiosidade em relação ao fake do ator Victor Fasano. Além disso, houve o comentário de um colega sobre a briga de Marcelo Tás com Diogo Mainardi, e mais uma vez, foi discutido o patrocínio da telefônica ao micro blog de Tás.
Dando prosseguimento ao debate, o professor falou sobre a prisão dos criadores do site The Pirate Bay, na Suécia. Iniciou-se então, uma discussão sobre o motivo da prisão (violação de direitos autorais). Nesse momento, Lemos aproveitou para apontar as contradições das questões que envolvem direitos autorais. Ele usou o exemplo da Disney, que construiu o castelo da Cinderela, a partir de um castelo medieval, na Alemanha, e não paga direitos autorais por isto. Isso mostra as contradições desse modelo, visto que o discurso muitas vezes é usado da maneira que convém às empresas que detêm o direito. Segundo ele, a cópia é uma prática recorrente na história, e é a cultura, que subsidia o autor na construção da obra.
Dando prosseguimento ao debate, o professor falou sobre a prisão dos criadores do site The Pirate Bay, na Suécia. Iniciou-se então, uma discussão sobre o motivo da prisão (violação de direitos autorais). Nesse momento, Lemos aproveitou para apontar as contradições das questões que envolvem direitos autorais. Ele usou o exemplo da Disney, que construiu o castelo da Cinderela, a partir de um castelo medieval, na Alemanha, e não paga direitos autorais por isto. Isso mostra as contradições desse modelo, visto que o discurso muitas vezes é usado da maneira que convém às empresas que detêm o direito. Segundo ele, a cópia é uma prática recorrente na história, e é a cultura, que subsidia o autor na construção da obra.
Ele ainda indicou para a turma, o link do dotsub, um site para traduções, que funciona com a ajuda de voluntários. Com o dotsub há a possibilidade de assistir filmes, de todo o mundo, com legendas em diversos idiomas.
Para finalizar a primeira parte da aula, Lemos comentou sobre o blog da disciplina e suas últimas postagens.
Texto: Epistemologia (Giovandro Marcus Ferreira)
O texto trata das mais influentes abordagens da técnica nos estudos da comunicação, a partir das limitações do determinismo, até as teorias que reconhecem o processo de negociação. O autor afirma que as abordagens mais difundidas nos estudos da comunicação, foram construídas a partir de duas vertentes e que ambas, apresentam visões deterministas na relação estabelecida entre técnica e sociedade.
E foi a partir desse ponto, que o grupo deu início a sua apresentação, com a explicação de que as duas vertentes compartilham de elementos comuns em suas defesas, ou seja, ao mesmo tempo em que buscam um distanciamento, acabam se aproximando ainda mais.
Enquanto a primeira vertente, defendida por Marshall McLuhan, vê e a técnica como uma motriz, que transforma e muda a sociedade, a segunda, defendida pelos frankfurtianos, ressalta que a sociedade é que determina a configuração da técnica.
Ao adentrar os conceitos dos estudos comunicacionais, se remetendo a técnica, o termo razão instrumental foi citado. A razão instrumental diz respeito ao caráter positivista dos estudos comunicacionais, um termo de Horkheimer, que se opõe a razão crítica. O grupo fez uma menção também ao mecanicismo, fruto do entrelaçamento sociedade e técnica, criticado pela linha frankfurtiana.
Após fazer uma análise das duas vertetes, a equipe passou a discutir os conceitos propostos por Nobert Elias. O autor utilizou Elias no texto, como uma forma de tentar solucionar as deficiências apresentadas pelas duas vertentes.
Ao adentrar os conceitos dos estudos comunicacionais, se remetendo a técnica, o termo razão instrumental foi citado. A razão instrumental diz respeito ao caráter positivista dos estudos comunicacionais, um termo de Horkheimer, que se opõe a razão crítica. O grupo fez uma menção também ao mecanicismo, fruto do entrelaçamento sociedade e técnica, criticado pela linha frankfurtiana.
Após fazer uma análise das duas vertetes, a equipe passou a discutir os conceitos propostos por Nobert Elias. O autor utilizou Elias no texto, como uma forma de tentar solucionar as deficiências apresentadas pelas duas vertentes.
Nobert Elias destacou três impasses que impedem a cientificidade nas ciências sociais: a metafísica, a teleologia e a normatividade. E a respeito desses impasses, a equipe também questionou se de fato, as ciências sociais, trata-se mesmo de ciência.
Segundo Elias, a tendência metafísica se caracteriza pela maneira de se construir conceitos e tomá-los como reais, sem que seja feita uma verificação empírica. Elias critica a oposição criada entre individuo e sociedade e o modo como os filósofos tradicionais analisam o indivíduo.
A teleologia, por sua vez, é parte do pensamento metafísico. É a tentativa de “prever o futuro”. Nas “análises” a cerca da tecnologia, é possível observar se o surgimento de uma determinada tecnologia conduzirá a sociedade rumo ao bem ou ao mal. É uma espécie de pensamento mágico-mítico, como assinala o autor, que atraí parte do meio acadêmico.
Já a normatividade ou entrave normativo, leva as descrições a serem feitas a partir de funções e disfunções, de acordo com as normas estabelecidas pelo pesquisador. Essa visão bipolar é sustentada por valores do pesquisador e Elias objetiva a separação do saber científico dos valores e preconceitos deste.
Foi relatado como o autor tenta fugir das abordagens deterministas e se debruça nos estudos das técnicas, no âmbito comunicacional. Começando por expor a opinião do autor sobre a técnica na teoria dos efeitos limitados, a importância do líder de opinião e o papel limitado dos efeitos.
Não podendo esquecer também, o que foi dito a respeito dos estudos culturais, mostrando rapidamente o deslocamento da pesquisa da comunicação em direção a recepção. Além disso, foi colocado que o grande problema de uma teoria da inovação técnica é saber como se constrói as relações sociais sobre a tecnologia.
Quando uma nova técnica surge, existem negociações em vários níveis e não há espaço para pensar a técnica de forma determinista, onde o indivíduo é definido ou pela nova tecnologia ou pela razão instrumental.
Ao término da apresentação, Lemos aproveitou para comentar o desempenho da equipe, e retomar pontos do texto. Ele atentou para o fato de haver um exagero na forma como as vertentes determinam a técnica, seja para positivo ou para negativo, e ressaltou que é necessário analisá-la dos dois lados.
Em seguida, Lemos discutiu os três níveis técnicos: estratégico, retórico e tático, buscando relacioná-los com o que foi discutido.
Ainda sobre o texto, ele recorreu a Habermas, que no livro “A Modernidade Um Projeto Inacabado”, explica o conceito de razão instrumental. Em seu livro, Habermas fala de razão substantiva e razão instrumental. A razão substantiva, segundo Habermas, pensa nos fins. Já a razão instrumental, pensa nos meios, é meramente científica e técnica.
Lemos ainda comentou sobre o legado do iluminismo e a separação entre o certo e o errado. Ele atentou para o fato da sociedade ter evoluído para um grau em que a violência e a escravidão são proibidas por lei.
Já no final da aula, guiado por um comentário do aluno Matheus Sampaio, a respeito da técnica e sua relação com o corpo, o professor entrou em uma nova discussão. Ele analisou o fato de a sociedade não viver sem técnica, afirmando que não há ser humano sem técnica.
Para dar o assunto por encerrado, pelo menos nessa aula, Lemos discutiu o uso do corpo nas varias culturas existentes. Ele pontuou com a afirmação de que o uso do corpo é cultural e difere em cada cultura.
Grupo 6
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