Wednesday, May 27, 2009

Surplus

O consumo e suas diversas facetas são abordados no documentário. Desde as lutas antiglobalização em Gênova, onde manifestantes foram mortos, até a declaração de uma cubana que visitou a Inglaterra e se transformou em um “Homer Simpson”. Não é a toa que declarações de Fidel Castro aparecem em outdoors em high ways americanas e que o discurso de John Zerzan, ativista que prega um retorno ao primitivo, é editado e visto sendo usado por líderes do G8 na época. Ou seja, não existe um padrão de consumo que seja totalmente aceitável.

O primitivismo pregado por Zerzan, não pode simplesmente aparecer de uma hora para a outra. Criticando as novas tecnologias móveis que segundo ele fazem com que as pessoas estejam sempre conectadas com seus trabalhos, seu discurso se encontra com uma fala de Bill Gates. Mais uma vez os padrões de discurso acabam se encontrando em algum ponto do consumo. Só que dessa vez com perspectivas distintas.

Quando o discurso de Fidel e a realidade de sua ilha são mostrados, percebe-se que existe um consumo no mínimo igualitário, mas sem um mínimo de variedade. Beans, rice, rice and beans. Enquanto isso sua compatriota que viajou para a Inglaterra ficou maravilhada com a visão de prateleiras cheias de junk food.

Enquanto Fidel, Bush ou Berlusconi discursam suas palavras são transmitidas por diversos meios. Assim também acontece com o discurso publicitário. Todos os meios estão cheios de propagandas, sejam elas de governos, anunciantes ou de visões do mundo.

Será que a tecnologia fez tanto mal assim? Até agora só o que escrevemos foi seguindo a linha interpretativa que filme apresenta sobre a sociedade. Mas seria possível fazer o próprio filme se não fosse a evolução técnica das coisas? É lógico que é necessário pensar em um consumo responsável como o que, em parte, é feito em Cuba.

Eu acho que se tivéssemos que escolher alguma visão para chamar de nossa, eu sugeriria a de minha avó: nem muito, nem tão pouco. Se for para seguir com o consumo desenfreado que se segue, ou para voltar para as cavernas é melhor começarmos a entender que não é possível abandonar certas conquistas adquiridas com o tempo, mas também é preciso repensar se é possível continuar no mesmo ritmo, sem grandes conseqüências.

Gupo 5

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