Wednesday, November 18, 2009

Jornalismo Móvel

Doutorando em Comunicação e Cultura Contemporânea pela Universidade Federal da Bahia, Fernando Firmino - orientando do professor André Lemos e co-orientado pelo professor Marcos Palácios - apresentou no último dia 17 uma aula expositiva sobre jornalismo móvel. Levantando questões sobre essa nova forma de fazer jornalismo que vem ganhando espaço nos grupos de comunicação.

 Para usufruir dessa nova prática jornalística é preciso ter acesso a aparatos tecnológicos: dispositivos portáteis, digitais, com o auxilio de softwares e aplicativos facilitadores; algumas estratégias básicas também são necessárias para a utilização destes dispositivos  na produção, edição e distribuição do conteúdo. No jornalismo móvel, o repórter/jornalista é a figura central da prática, por não depender, ou depender cada vez menos da reação ou de um ambiente físico para produzir e distribuir o conteúdo. Mas por causa disso, este profissional se torna "multifuncional", fato que pode interferir na produção da informação.

Flexibilidade, rapidez e portabilidade. Estas são as palavras-chave que definem o jornalismo móvel. Um aparelho celular capaz de filmar, mandar esta informação em primeira mão e em tempo real, possibilitando uma atividade maior na produção e distribuição da notícia. Gerando assim uma independência do espaço físico (a redação) e a otimização do tempo dos profissionais.

Apesar das diversas vantagens oferecidas, é interessante fazer o seguinte questionamento: até que ponto essa prática é tão vantajosa, e qual sua influência direta na qualidade do conteúdo produzido?

Problemas também foram apontados por Fernando Firmino. O jornalista acumula diversas funções (fotógrafo, câmera, editor, repórter) e acaba, por conta disso, se distraindo. O fato de o celular ter vídeo, por muitas vezes, faz com que o profissional perca detalhes, se atendo mais a filmagem em si. Além disto, também é importante pontuar a função primeira do celular: receber ligações. Uma chamada no meio da atividade, ou até mesmo o recebimento de uma mensagem são problemas que podem acarretar na perda de conteúdo, ou interrupções, no caso de uma exibição ao vivo.

O problema ainda abarca  uma questão trabalhista, no que envolve a delimitação da profissão do jornalista: onde ela começa, onde acaba e onde começa o trabalho de outro profissional. Já que, pelo que se pôde perceber, as instituições tenderão a preferir, por assim dizer, o “jornalista multifuncional”.

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