Tá chovendo Hamburguer
A geração do início do século XXI e fim do século XX é marcada pela forte influência da tecnologia e de uma nova forma de enxergar e vivenciar a cibercultura. Desde cedo, a “geração Dexter” está em contato com aparatos tecnológicos, permitindo-os vislumbrar o mundo das informações cheio de possibilidades. A tecnologia chega pra eles como solução de todos os problemas. Era marcada por desenhos como Dexter, que trazem uma nova perspectiva de mundo, que mostram uma época na qual todos os desejos e necessidades são atendidos pela tecnologia. O mistério e a magia dos desenhos de antigamente são ultrapassados, tendo em frente um novo super herói: homem de ferro.
O novo filme da Disney, “Tá chovendo hambúrguer”, é mais um produto voltado para crianças enquadrado nessa nova onda tecnológica. Permitindo uma apreciação em três dimensões em uma sala de cinema equipada com os melhores aparelhos de som, as crianças têm acesso a um enredo que vem se tornando cada vez mais comum: protagonizada por um jovem gênio que desenvolve uma super máquina capaz de transformar água em comida, o filme traz também o pai desse jovem garoto como um representante estereotipado de uma geração que ainda sente dificuldades em conviver com o novo mundo tecnológico, mas que se vê forçado em fazê-lo.
Vivendo nessa nova perspectiva, as crianças acumulam cada vez mais informações derivadas de uma cultura de vídeo games que tende a se tornar cada vez mais superficial. A maioria delas está deixando de lado espaços de interação antes fundamentais na rotina de inúmeras gerações. No depoimento de Bill Gates no documentário “Surplus”, ele afirma que a interação entre as pessoas iria aumentar com o advento da internet e dos computadores. Essa suposta interação, de certa forma, pode ser percebida cotidianamente em nossas casas. Meu irmão de seis anos, por exemplo, passa horas sozinho em frente ao computador com seus infinitos jogos, enquanto a quadra e o play ground – espaços já bem limitados de interação - ficam entregues ao silêncio.
Será que não estamos privando essas crianças de um mundo real, pensando estar lhes oferecendo infinitas perspectivas que são trazidas por uma tela de computador? Que tipo de interação é essa que o computador traz? A criança que está em uma fase de construção de identidade, de aprendizado e de desenvolvimento, cada vez mais fica enclausurada num ambiente fechado olhando mais de três horas por dia pra uma “caixa” que lhes proporciona consumir uma enorme carga de informação sem ter nenhuma presença física ao seu lado para filtrar ou interagir de verdade. É muito fácil e seguro, nesse mundo tão perigoso que está aí fora, deixarmos nossas crianças presas em casa enquanto vamos para a rotina do dia-a-dia.
A comodidade e o bem que pensamos trazer para essas crianças pode funcionar como um tiro no pé. Estamos criando uma geração que necessita de “super nanys” para educar nossos filhos. Estes têm ficado cada vez mais distantes dos pais, vivendo em um mundo próprio assim como Dexter, solitário em seu imenso laboratório cheio de máquinas.
O novo filme da Disney, “Tá chovendo hambúrguer”, é mais um produto voltado para crianças enquadrado nessa nova onda tecnológica. Permitindo uma apreciação em três dimensões em uma sala de cinema equipada com os melhores aparelhos de som, as crianças têm acesso a um enredo que vem se tornando cada vez mais comum: protagonizada por um jovem gênio que desenvolve uma super máquina capaz de transformar água em comida, o filme traz também o pai desse jovem garoto como um representante estereotipado de uma geração que ainda sente dificuldades em conviver com o novo mundo tecnológico, mas que se vê forçado em fazê-lo.
Vivendo nessa nova perspectiva, as crianças acumulam cada vez mais informações derivadas de uma cultura de vídeo games que tende a se tornar cada vez mais superficial. A maioria delas está deixando de lado espaços de interação antes fundamentais na rotina de inúmeras gerações. No depoimento de Bill Gates no documentário “Surplus”, ele afirma que a interação entre as pessoas iria aumentar com o advento da internet e dos computadores. Essa suposta interação, de certa forma, pode ser percebida cotidianamente em nossas casas. Meu irmão de seis anos, por exemplo, passa horas sozinho em frente ao computador com seus infinitos jogos, enquanto a quadra e o play ground – espaços já bem limitados de interação - ficam entregues ao silêncio.
Será que não estamos privando essas crianças de um mundo real, pensando estar lhes oferecendo infinitas perspectivas que são trazidas por uma tela de computador? Que tipo de interação é essa que o computador traz? A criança que está em uma fase de construção de identidade, de aprendizado e de desenvolvimento, cada vez mais fica enclausurada num ambiente fechado olhando mais de três horas por dia pra uma “caixa” que lhes proporciona consumir uma enorme carga de informação sem ter nenhuma presença física ao seu lado para filtrar ou interagir de verdade. É muito fácil e seguro, nesse mundo tão perigoso que está aí fora, deixarmos nossas crianças presas em casa enquanto vamos para a rotina do dia-a-dia.
A comodidade e o bem que pensamos trazer para essas crianças pode funcionar como um tiro no pé. Estamos criando uma geração que necessita de “super nanys” para educar nossos filhos. Estes têm ficado cada vez mais distantes dos pais, vivendo em um mundo próprio assim como Dexter, solitário em seu imenso laboratório cheio de máquinas.
Grupo 9
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