Tuesday, November 3, 2009

On line ( Surplus)

Surplus, filme dirigido pelo italiano Erik Gandini, é um chute na boca do estômago dos consumistas inssaciavéis. O documentário costrói sua narrativa toda em cima da relação que a sociedade contemporânea tem com o consumo. Mostrando-nos as estratégias usadas pelos capitalistas ( e socialistas) para arquitetar as melhores formas de vender e consumir produtos, principalmente tecnológicos.

John Zerzan, idealista, vai ser a figura no filme que advoga em defesa do naturalismo e da abstinência em relação a toda a modernidade mostrada no filme. Para ele, o homem é um ser bom por natureza e que poderia continuar assim caso não houvesse está relação com a tecnológia e com o cosumo.

Na verdade, o homem sempre, antes mesmo de se entender enquanto tal, usou da técnica. Não podemos e nem devemos advogar contra ela. Mas, o que está sendo discutido em "Surplus" é sua relação contemporânea com está "avalanche" de aparelhos tecnológicos. Não podemos permitir que uso destes sistemas altere outras esferas de relacionamento que dão conta da humanização do ser. Por exemplo, é impossivel alguém conceber que uma mãe não fale diretamente com seu filho, que não o toque, não o alimente, não dê carinho... Estas coisas não devem ser alteradas por meio que intermediem a relação direta que se dá entre as duas criaturas. Quando Bill Gates diz que os computadores iriam aproximar as pessoas ele estava certo. De fato, as redes socias se tornarem muito mais complexas com o advento deste objeto, mas isso não substitui outros espaços de interação.

A complexidade das interações hoje é tamanha que vemos pessoas claramente terem multifacetas a depender do meio onde se relacionam. Eu posso interpretar um "eu imaginário" que eu gostaria que existisse mas que eu não dou conta de colocá-lo na vida diária face-a-face com outras pessoas. Essa figura é uma interpretação minha de mim mesmo...uma personalidade que só pode existir na frente de minha tela. De tal modo, está figura pode se apaixonar por uma daquelas bonecas infláveis que aparecem no filme. Estas bonecas não tem "coração" são o homem de lata, mas tem toda a armadura, parecem tanto com uma mulher de verdade que é capaz de alguem jogar a sua mulher usada na lata de lixo e trocá-la por este modelo surdo e mudo que só serve para as necessidades mais imediatas.
Estamos nós então nos artificializando?

Interessante pensar que a grande justificativa para a maioria dos avanços é promessa de um dia termos mais comodidade, mais provilégios, confortos, tranquilidade. Se pararmos para pensar, hoje, com tanta tecnológia móvel de aproximação, comunicação, estmaos mais sucetíveis ao descanso? Ou somos sempre facilmente achados, contactados...estamos plugados. Na prática, não podemos comnadar nossa empressa só pela internet, podemos sim, mandar uma série de terefas por ela e tal, mas se não tivermos presencialmente no lugar, para demarcarmos o território, as coisas mais cedo ou mais tarde desandam. Ou então se não é o "manda-chuva" é o seu braço direito que deve estar presencialmente lá. Como diria um ditado: " o olho do dono é que faz o gado engordar."

Acho que o grande ponto de Surplus é o contraste entre as realidades da garota cubana e do garoto sueco. Fica evidente que a grande questão realmente é a falta. Não interessa o que já temos, o que conseguimos conquistar. Nossa intenção, a verdadeira atenção, está lá no que nao temos. O progresso tecnológico vai nessa idéia. Não pararemos nunca, pelo menos, enqunato conseguirmos imaginar melhorias, ganhos, avanços tecnológicos que nos darão pseudo tranquilidades. Para o garoto sueco, não importa mais a quantidade de grana que ele tem, ele não precisava de tanto, tudo que ele deseja é um pouco de problema na vida. Sabe? problema, dúvidade, dificuldade são realmente coisas que nos fazem crescer. As respostas não servem, são as perguntas que nos movem. Já para a Cubana que tem o básico corespondido, o grande lance está em desejar tudo que é supérfulo, ela quer consumir Mc´Donalds, ver Tv, beber bastante coca-cola...lógico, ela quer descobrir com os próprios sentidos o que são estás coisas que o mundo toda tanto usa.

Vivemos em função da falta então, ou do desejo, que é uma estrutura psíquica insaciável, diferente da vontade e do querer. Não acredito que devamos destruir nada. Não acho que seja um retroscesso que nos leve para frente. Mas, devemos ponderar os nossos avanços, não podemos legitimar todo avanço tecnológico como benéfico. É preciso preservar o espaço de humanização e só o homem pode humanizar e este é um processo ainda artesanal não standartizado. É preciso ser localizado em cada criatura.

grupo 9

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