Wednesday, November 18, 2009

Jornalismo móvel: fim dos constrangimentos do espaço-tempo?

Durante a exposição de sua aula no dia 17/11, Fernando Firmino nos trouxe o relato de sua pesquisa de campo, junto ao Jornal do Comércio, que investe em jornalismo móvel, ou seja, feito através do uso de tecnologias de alta mobilidade como celulares com câmera, 3G, smart phones, câmeras digitais e gravadores, que permitem flagrar notícias para a publicação instantânea. Firmino percebe que dentro deste exemplo do JC, ainda não se verifica um ajuste adequado para o uso de tecnologias móveis em reportagens, freqüentemente acontece de alguns jornalistas se concentrarem tanto em gravar vídeos no celular que acabam se esquecendo de tirar fotos e deixando de transcrever os fatos com precisão por não conseguir executar tantas tarefas a um só tempo. O jornalista de hoje deve ser multitarefa, saber executar várias atividades (textos, vídeo, captura de imagens, transmissão, edição multimídia), mas não necessariamente deve sempre fazê-las a um só tempo, o ideal é que haja duas pessoas para cobrir a notícia e que dividam tais tarefas entre si.

O jornalismo móvel, segundo Firmino, tem como principais objetivos realizar coberturas hard news, especiais e emergenciais (notícias que acontecem na hora). Existem várias estratégias de produção, distribuição e emissão. As principais vantagens que se pode verificar são a flexibilidade e rapidez para levar informação, e a otimização da equipe.

Firmino destaca a importância de diferenciar o jornalismo multimídia do jornalismo móvel. O primeiro tem a possibilidade de realizar um trabalho interno, enquanto para o segundo é preciso que ele esteja trabalhando externamente, sempre em mobilidade.

Num contexto em que ganha quem divulga primeiro a notícia, as tecnologias móveis se tornaram ferramentas essenciais para o jornalismo de hoje, extinguiu a necessidade que havia de se deslocar apressadamente até a redação para transcrever o fato e esperar até o dia seguinte para que se torne notícia. Agora as informações podem ser divulgadas instantaneamente, por exemplo, dispondo de uma conexão 3G ou um smart phone, e com a mesma rapidez chega até as pessoas. Tal mobilidade é mais do que uma nova alternativa, é uma nova maneira de fazer jornalismo.


Grupo 4

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