Wednesday, November 18, 2009

Jornalismo Móvel

Na primeira aula sobre Jornalismo Móvel, tema de sua pesquisa, o professor Fernando Firmino abordou diversos aspectos que permeiam esse tema, como as vantagens e desvantagens desse novo tipo de jornalismo, as dificuldades enfrentadas pelos profissionais, as estratégias de produção, distribuição e emissão, entre outros. Com o uso de novas tecnologias, como o celular, a internet 3G, smartphone, câmeras e gravadores digitais, o repórter se transformou em um profissional multitarefa. O que o caracteriza é que, a partir de agora, apenas um profissional, tendo a disposição os dispositivos tecnológicos necessários, torna-se o responsável por diversas tarefas, antes realizadas por mais de um profissional. Tendo um notebook e um celular, por exemplo, o repórter que sai as ruas agora é responsável por capturar o vídeo, o áudio, escrever o texto, realizar a transmissão, edição, entre outras tarefas. Neste momento, surgiu em sala de aula a discussão sobre se esse acúmulo de atividades não prejudicaria a qualidade final da notícia. Firmino falou, também, dos tipos de cobertura jornalística utilizadas pelo jornalismo móvel: factuais (de dia-a-dia), especiais (mais elaboradas, envolvem viagens e maior aprofundamento do tema) e emergenciais (imediatas, que demandam cobertura instantânea, flagrantes).


Para exemplificar e ampliar a discussão, o professor Firmino exibiu uma entrevista com uma jornalista do Jornal do Commercio – jornal que já inseriu o novo conceito de Jornalismo Móvel em sua rotina de trabalho, e que fornece os recursos tecnológicos necessários aos seus jornalistas para que cubram pautas sozinhos. A jornalista, ao comentar sobre a reação dos entrevistados quando o repórter aparecia apenas com o celular, afirmou que estes estranhavam o fato, e não acreditavam que a partir do celular poderia estar ocorrendo uma transmissão ao vivo, mas agora muitos já se acostumaram.

Uma observação importante feita pela Jornalista do Jornal do Commercio foi que, dificilmente, eles realizam reunião de pauta diária. De acordo com ela, a maioria das coberturas surgem a partir de demandas e do interesse do dia e que já aconteceu, inclusive, de faltarem celulares para que os repórteres fizessem a cobertura. dos fatos. Segundo a jornalista, entre as vantagens do Jornalismo Móvel estão a flexibilidade, rapidez e a otimização do tempo de produção da notícia. Além disso, a possibilidade de um maior número de transmissões ao vivo, e a potencialização do jornalismo colaborativo também é vantajoso. Entre as desvantagens, destacou a sobrecarga de tarefas em apenas um profissional, o que pode causar distração e perda de informações importantes. Isso poderia ocorrer, por exemplo, quando o profissional necessita ao mesmo tempo filmar e anotar informações para a reportagem; o foco demasiado na captura do vídeo pode atrapalhar as anotações. Para a jornalista do Jornal do Commercio, é difícil que essa sobrecarga de tarefas no jornalista não comprometa a qualidade da notícia. Para ela, é preciso, no mínimo, duas pessoas para cobrir uma reportagem.

Ao final da aula, o professor Firmino ainda explicou a diferença entre o Jornalismo Móvel e o Jornalismo Multimídia. Apesar de ambos utilizarem as mesmas ferramentas, como o próprio nome diz, o Jornalismo Móvel exige a mobilidade do jornalista para a produção de notícias, enquanto que o Jornalismo Multimídia pode ser mais restrito às redações.


Grupo 7

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