Sunday, November 22, 2009

Jornalismo Móvel - Parte II

Na segunda aula sobre o tema “Jornalismo Móvel”, o professor Fernando Firmino falou, inicialmente, a respeito da expansão da mobilidade dos equipamentos. Ou seja, a partir do momento em que os dispositivos ganham portabilidade, torna-se mais prático carregar as ferramentas de comunicação e, consequentemente, o jornalismo móvel começa a fazer, cada vez mais, parte do cenário mundial.

O professor citou três tipologias que devemos ter conhecimento para poder entender a nova era da informação. São elas o jornalismo móvel, o jornalismo locativo e o jornalismo em redes sociais móveis (exercido através de aplicativos como Orkut, Facebook e Twitter). Dentre outros conceitos, ele citou a semelhança no uso de ferramentas tanto pelo jornalismo móvel quanto pelo locativo. Os utensílios utilizados são praticamente os mesmos, tornando-se muitas vezes difícil diferenciar uma modalidade da outra.

Sobre as aplicações do jornalismo móvel, podemos citar a utilização dos moblogs , que corresponde ao dispositivo de publicação de produtos (textos ou imagens) na internet através de um aparelho celular sem, necessariamente, ficar preso a um ponto fixo de conexão. Ou seja, é uma ferramenta que ultrapassa os limites de espaço e de tempo, permitindo que o repórter publique o seu trabalho sob o uso de um aparelho móvel.

Também se encaixa neste perfil os microblogs, aplicativos que possibilitam a atualização do conteúdo informativo de uma página através de textos curtos enviados por SMS, email, web, mp3, dentre outros. A depender dos interesses do usuário, o material pode ser publicamente exposto ou pode se restringir a um grupo escolhido por ele.

São inúmeros os aplicativos utilizados pelo jornalismo móvel. Além dos citados, há as ferramentas de geolocalização, como o GPS, que permite a troca de informações a respeito de um determinado lugar em que o usuário esteja. De acordo com Firmino, essas novas ferramentas são imprescindíveis para a atividade jornalística, visto que esta modalidade de produção está ganhando muito mais espaço no mercado de trabalho. Entretanto, existem resistências a essa prática. Algumas redações ainda não tem o domínio e, muitas vezes, conhecimento de todos estes mecanismos de trabalho, o que dificulta a inserção das novas tecnologias.

Este modo de fazer jornalístico, assim como tudo o que existe, não surgiu do nada. Ele é oriundo de um processo histórico que envolve questões políticas, econômicas e sociais. O seu surgimento, segundo Firmino, ocorre no período compreendido entre 2002 e 2003, quando os EUA travam uma guerra contra o Iraque, sob o pretexto de acabar com as ações ditatoriais do então líder Saddam Hussein. Nesta época, os jornalistas escalados para fazer a cobertura do conflito levavam os equipamentos de apuração (cabos, notebooks, câmeras,...) em mochilas,motivo pelo qual a prática recebeu o nome de BackPack.

Posteriormente, com o desenvolvimento e a evolução dos aplicativos de celulares, surge o Jornalismo de bolso. Nesta categoria, o celular aparece como um agregador de funções. Antes, a produção era feita com gravadores e câmeras analógicos, enquanto a recepção ficava submetida às veiculações televisivas e radiofônicas. Ou seja, existia certo distanciamento entre quem produzia e quem recebia as informações. As tecnologias do celular vieram para incorporar essas funções e ainda acrescentar outra: a emissão. Assim, a mesma pessoa que assimilava informações através da TV ou do rádio, agora tem a possibilidade de, através de seu aparelho móvel, produzir e emitir conteúdos próprios, o que permite maior dinamização do trabalho jornalístico.

Os aparelhos celulares, apesar de sua evolução, ainda não suprem a qualidade de imagem e de audio dos aparelhos mais antigos. Assim, algumas emissoras de TV ainda aguardam o desenvolvimento da captação imagética e sonora de alguns dispositivos para incorporá-los ao seu modo de produção. Entretanto, pode-se afirmar que o Jornalismo móvel já está enquadrado no novo contexto midiático e que tende a crescer ainda mais, tendo em vista a rapidez com a qual as tecnologias vem se desenvolvendo ao longo do tempo.


Grupo 6

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