Wednesday, September 30, 2009

Eugênio Trivinho fala à Istoé sobre inclusão digital, mercados tecnológicos e redes sociais

Encontro-me na biblioteca da UCSAL lendo a revista Istoé. Nela, uma entrevista bastante interessante sobre inclusão digital, mercado tecnológico e redes sociais. Não tenho muito tempo para escrever um texto crítico, logo irei transcrever umas passagens da entrevista que muito tem haver com as discussões que travamos em sala de aula. Para os que se interessarem em ler na íntegra, é a revista Istoé/30 de setembro de 2009.

Eugênio Trivinho é professor do programa de estudos pós-graduados em comunicação e semiótica da PUC-SP. É também autor da obra " A democracia Cibercultural". Entrevistado pela revista Istoé, o professor fala do avanço tecnológico e afirma que "a inclusão digital é uma utopia, um mito".

A entrevista aborda temas sobre a democracia da internet, a exigência do mercado em conhecimentos relacionados à cibercultura, políticas de inclusão digital, o papel da indútria tecnológica nesse processo, o crescimento das redes sociais e a opinião dos especialista sobre o Twitter. O que me chamou a atenção foi o trecho da entrevista que fala sobre redes sociais (Remeteu-me a Flusser). Perguntado como ele via o crescimento das redes sociais e dos blogs, Trivinho respondeu:

"Hoje, temos dispositivos que articulam um corpo ao outro, uma casa a outra, uma empresa a outra. E não obstante isso não aboliu a nossa solidão. Nós somos talvez os seres mais solitários e, por isso, precisamos de vínculo. O fenômeno do vínculo só é reforçado historicamente porque ele se realiza como forma de compensação. As redes socias são um termômetro da necessidade de compensação de um processo de solidão que ficou mais intenso. É aquele exemplo bem frugal de irmos para as vitrines e fazermos compras ou para a internet comprar com cartão de crédito, compensar, portanto, algo."

Esse trecho traz uma relação com o capítulo de Flusser " O que é comunicação", onde ele aborda essa questão da solidão e da necessidade da comunicação do ser humano, que não consegue viver só. Perguntado se ferramentas como o Twitter poderiam ser usados como forma de garantir a livre expressão, a exemplo do que aconteceu com o Irã, o especialista diz:

" As redes sociais são um fenômeno. Podemos considerá-las um grande horizonte do humano, porque criam possibilidades de laços, de aprendizado e crescimento coletivo. Fala-se hoje de inteligência coletiva como forma de reprodução da criatividade, da inovação. Tudo isso é verdadeiro do ponto de vista dos horizontes que a cibercultura nos coloca, mas temos que ter um olhar menos entregue. Não é simplesmento o caso de abraçarmos o discurso vigente, que é ciberufanista. Ele é ufanista porque promove produto, governo, o acesso universal".

" Do ponto de vista social, o Twitter repõe em novas bases, no ciberespaço, as regras de liderança e seguidores. Ele coagula uma determinada energia social em torno de um indivíduo que em geral tem alguma expressão midiática e, portanto se coloca legítimo para ter seguidores. Nesse sentido o Twitter presta um desserviço ao processo social na mesma medida em que estimula as pessoas a seguirem lideres, quando deveriam seguir a si próprias"
Essa última parte me faz rir ao relembrar a discussão do pensamento oriental, budista debatido em sala.

Outra passagem bem interessante é a que o entrevistado fala sobre a democracia na internet:

"Do ponto de vista interno, a Internet é democrática quando o acesso a todos os espaços é desimpedido. Nem sempre isso ocorre. Há senhas por questões de segurança e proibições. E por trás de uma senha pode existir um custo econômico, que seleciona os que podem e os que não podem. Do ponto de vista externo, a época exige conhecimentos específicos, que devem ser traduzidos em uma prática interativa, própria de um comportamento de contiguidade de acesso, de fluência e de rapidez. são conhecimentos pragmáticos para usar o hadwere, o softwere e a rede, necessários para operar os dispositivos da era da velocidade"

Bem, agora vou indo antes que eu acabe transcrevendo toda a entrevista e me atrase para a aula.

Grupo 9

Sunday, September 20, 2009

Twitter gerando faturamento

O Twitter expandiu seus termos de uso permitindo o acesso de anunciantes a seus usuários (mais de 45 milhões).
"O serviço está aumentando seus esforços para faturar com o site", afirma o Boletim Tecnologia da Globo FM Online. A publicidade é o que mantém os sites e também o que os tornam gratuitos, a exemplo do Google.

"O crescimento explosivo das redes sociais tem atraído o interesse dos publicitários", o que é bem perceptível já que o orkut também aderiu ao "box de ofertas imperdíveis". De acordo com a ComScore, o Twitter ampliou o número de seus usuários em 1500% no período de Julho 2008- Julho 2009.

Informação retirada do site da Globo FM.

Grupo 9

Friday, September 18, 2009

Como serão as tecnologias no futuro?

O professor André Lemos, na aula passada, comentou a respeito de um vídeo do TED de Kevin Kelly, que faz comparações da web com o sistema nervoso central. O vídeo é bastante interessante sobretudo pela pergunta inquietante: como será os próximos 5000 dias da web?
Kevin Kelly conta que a internet só tem 5000 dias de vida, e tudo que surgiu a partir dela era inimaginável. Se o mundo atual fosse descrito para as pessoas há 10 anos atrás, elas diriam que seria impossível, um modelo econômico insustentável. Portanto, se em 5000 dias foram criadas tantas coisas inimagináveis, como será daqui a 5000 dias?
É uma pergunta instigante. De fato, quando paramos para pensar como será o futuro, não conseguimos imaginar coisas novas e muitas vezes o descrevemos como a potencialização do que já existe. E mais interessante ainda: a maioria das previsões de como seria o mundo hoje foram erradas.
Segue abaixo um vídeo feito em 1969 fazendo previsões de como seriam os serviços de telecomunicação da década de 90.
Um video semelhante, da AT&T, feito em 1993 pode ser visto aqui.
A Nokia e a Microsoft divulgaram vídeos tentando fazer previsões de como será o futuro. Interessante é notar que várias tecnologias são bastante semelhantes e com protótipos que já foram desenvolvidos (como óculos para realidade aumentada), a predominância da ponta dos dedos na relação homem e artefato e a aproximação das tecnologias ao corpo, sobretudo no video da Nokia.
Microsoft
Nokia

Grupo 7

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E se a gente imprimisse toda a internet?

O blog Comunicadores publicou um infográfico que mostra quantos dias, árvores, cartuchos de impressora seriam necessários para imprimir toda a internet e a dimensão "material" que este impresso teria. Além disso, cita uma experiência de impressão de toda a Wikipedia, que resultou em um livro de 5000 páginas. É interessante, pois se insere no debate de materialidade do ciberespaço - que dimensão as não-coisas do ciberespaço teria em papel.
Mas é claro que o ciberespaço se materializa de outras formas (como a realidade aumentada, os artefatos, os Qr-Codes) e que as não-coisas, como Flusser cita no texto A Não-Coisa [2], "continuam enclausuradas em coisas como chips" (p. 61).





Grupo 7

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AULAS CONFIRMADAS

Caríssimos,

As aulas estão confirmadas nos dia 22 e 24 de setembro. No cardápio: Games e cibercultura, no dia 22 e Rede sociais e Cibercultura, no dia 24. Compareçam e participem. As aulas serão ministradas, respectivamente, por Luiz Adolfo Andrade e Renata Baldanza, doutorandos sob minha orientação.

Pesquisa FAPESP Online

O olhar de JM Barbero sobre a comunicação contemporânea num entrevista concedida ao site Pesquisa FAPESP Online

Thursday, September 17, 2009

Pra refletir

Vídeo prometido na apresentação do Grupo 3:

Entre Zeca pagodinho e Pitty

A cantora Pitty tem uma música que reflete um pouco do universo do debate sobre comunicação e tecnologia e por que não de dizer? Política: “Até achava que aqui batia um coração...; nada é orgânico, é tudo programado; e eu achando que tinha me libertado...; mas lá vem eles novamente e eu sei o que vão fazer: reinstalar o sistema”.

As pautas em sala de aula transitam na dicotomia entre o que seria natural e o que seria técnica, ou teckené. E as relações intrínsecas de um sistema que programa e reprograma nossos atos, levando-nos o consumo desenfreado e as interações sociais cada vez mais, programada. E por sua vez, a comunicação acaba por conduzir a essa sensação de um sistema cíclico e que talvez não tenha jeito.

“Pane no sistema! Alguém me desconfigurou. Aonde estão meus olhos de robô? Eu não sabia, eu não tinha percebido. Eu sempre achei que era vivo Parafuso e fluído em lugar de articulação” esse trecho denota um pouco as relações próximas da mecânica de ser humano e “robô” o que colabora para essa impressão de pequenitude perante algo maior, o que vai remeter as questões da religião no sentindo de ligar-se a algo. (

Outro ponto que chama minha atenção nessa questão, mais do que a técnica e do natural, é como as pesquisas e estudos nesse campo passam por uma compreensão de como nós temos que aproximar nossas projeções, construídas a partir de suportes , nos quais, seja possível dizer que isso é real ou não; e de como esses conflitos irão permear os debates sobre as novas tecnologias. E os valores tradicionais que estão enraizados nas construções da realidade do ser humano, acabam por balizar nossa compreensão e esperança do que seja, do que estamos fazendo aqui: “Eu já passei Por quase tudo nessa vida, Em matéria de guarida, Espero ainda a minha vez, Confesso que sou de origem pobre, Mas meu coração é nobre, Foi assim que Deus me fez....”
Entendo que os debates sobre as novas tecnologias permitem às pessoas perceber com são monitoradas. No entanto, o modo como elas são aplicadas acabam por levar as pessoas a uma compreensão desse sistema através de perspectivas que não se conseguem explicar. Alguém explica a fé? Eu não.


Link da música do Zeca pagodinho deixa a vida me levar http://www.youtube.com/watch?v=VFFMR9xQRrQ
Link da música da Pitty amdirável Chip Novo http://www.youtube.com/watch?v=aXJ_Ub1xbhw


Alexandre G1

Saturday, September 12, 2009

O mercado da desconfiança

Leiam para discutirmos em sala de aula...

O mercado da desconfiança